
A Islândia é um país de contrastes, onde a Natureza é mostrada em todo seu esplendor, tornando-se a única e a maior protagonista de toda viagem. E, onde quer que você olhe, você encontrará paisagens capazes de te tirar fôlego! São incontáveis cachoeiras, montanhas e geleiras, tudo isso em poucos quilômetros de distância, gratuitos e de fácil acesso.
Posso dizer que a Islândia foi um dos lugares mais incríveis que conheci até hoje! Já faz quase 4 meses que voltamos de lá e o coração ainda bate forte quando lembro das imagens da aurora boreal dançando no céu. As paisagens surreais e únicas da Islândia ainda continuam reais e nítidas em meus pensamentos como se tivesse voltado de lá ontem. Difícil de explicar a sensação de estar num lugar tão incrível, tão sonhado e tão surreal! Tivemos mesmo a sensação de estar em outro planeta. Quem me acompanha no instagram pôde acompanhar toda a nossa trajetória, “uma viagem de 11 dias pelo país numa campervan”. Um sonho que foi realizado em doze dupla, conhecer esse país incrível e ainda ter a experiência de viajar numa campervan.
Conto tudo sobre essa experiência aqui!
Como é fazer uma Road Trip pela Islândia numa Campervan?
Já havia planejado essa viagem varias vezes, mas foi em outubro de 2017 que podemos enfim realizar um dos sonhos de viagens mais esperados de todos os tempos e do jeito que sempre sonhei, uma road trip numa campervan, bem diferente de tudo que já tínhamos feito antes, e posso garantir que foi uma experiência maravilhosa que mudou completamente o nosso conceito de viajar. Nossa viagem se concentrou em conhecer os principais pontos em volta da Ring Road, que são (1.332 km) de estrada em forma de circulo em volta do país.
Suas características naturais, clima imprevisível e o cenário dramático proporcionaram momentos únicos e opções de fotos perfeitas em cada quilometro rodado.
A maior dúvida era, como, e por onde começar a viagem! Sentido horário ou anti horário?
Essa era uma das maiores duvidas enquanto estava montando o roteiro, acabou que foi montado de maneira que desse pra fazer tanto começando pelo Sul indo para o Leste ou começando pelo sul em direção ao oeste, mas no final decidimos fazer a viagem em sentido horário por 2 motivos: Primeiro era o clima, mês de outubro chove muito, então tínhamos que correr da chuva, ficamos de olho na previsão do tempo o tempo todo, até então decidir que, começar a viagem em sentido horário era a melhor alternativa.
E o que nos ajudou muito foi o fato de estarmos em uma campervan e poder dormir em qualquer lugar sem compromissos com horários e check-in em hotéis.
Segundo motivo era o nosso tempo limitado, 11 dias para outubro era muito pouco tempo pra fazer tudo o que tínhamos planejado, o sol nasce as 8:00 e se põe às 18:30. Diferente do verão que você pode ter até 20 horas de claridade, dando para aproveitar bem mais a viagem.
Esse roteiro poderá te ajudar a montar uma base para o seu, e se caso tiver menos dias, recomendo ir no verão, porém será mais difícil de ver a aurora boreal, sendo mais visível entre setembro a março.
Então vamos ao Roteiro
- Dia 1 : Pegar a Campervan, compras supermercado e Blue Lagoon.
- Dia 2 : Círculo dourado: Þingvellir, Geysir e Gullfoss.
- Dia 3: Cratera Kerid e Reykjavik
- Dia 4: Peninsula de Snaefellsness
- Dia 5: Norte da Islândia: Akureyri, Godafoss e Observação de baleias em Husavik
- Dia 6: Myvatn e arredores.
- Dia 7: Fiords do Leste – Seydisfjordur, Cachoeira Gufufoss
- Dia 8: Sudeste da Islândia: Hoffel, Snivafellsjokull (glaciar) e Jökulsárlón.
- Dia 9: Svartifoss cachoeira, Hof, Fjaorargljufur e Eldhraum ( campo de Lavas)
- Dia 10: Vik, Reynisfjara (praia de areia preta) Dyrholaey, Solheimajokull (avião abandonado)
- Dia 11: Skogafoss, Seljavallalaug ( piscina entre as montanhas), Seljalandsfoss, Gljufrafoss e Secret Lagoon.

Clicando no mapa você poderá ver todos os lugares numerados da nossa Road Trip pela Islândia mencionados aqui no post.
1 dia – Compras e Blue Lagoon
Chegamos pelo aeroporto de Keflavik de manhã e já tinha alguém nos esperando para nos levar até a garagem da Sadcars (empresa que alugamos a campervan), durante o caminho o funcionário da Sadcars nos deu varias dicas sobre a Islândia e algumas instruções sobre a nossa mini casa sobre 4 rodas, logo, já estávamos prontos para explorar a Islândia, mas antes passamos no supermercardo Bonus, para fazer umas comprinhas para cozinhar na nossa cozinha adaptada na campervan.
Você pode ler como foi nossa experiência nesse post aqui
Nossa intenção era começar pela cidade de Reykjavik, mas estava chovendo muito e decidimos ir para o Blue Lagoon onde já tínhamos os bilhetes reservados pela internet.
Chegamos no Blue Lagoon às 15:00 horas e tinha um pouco de fila para entrar, mas foi rápido; nos trocamos e corremos pra água, corremos mesmo porque a temperatura do lado de fora estava uns 3 a 4 graus. NÃO ESQUEÇA DE LEVAR UM BIQUÍNI, MAIÔ OU SUNGA!
Uma dica: não molhe o cabelo, a água contém sais minerais e sílica que é bom pra pele, mas péssimo pro cabelo, eu molhei o meu cabelo sem saber disso e ficou igual palha, só depois de 3 lavadas e muitos cremes que voltou ao normal.
Ficamos por lá até ficarmos enrugados da agua quente (38-40 graus). Depois de curtir muito e estar bem relaxados procuramos um lugar para dormir na nossa campervan perto do nosso próximo destino, o parque Pingvellir.
2 dia – Golden Circle ( Círculo dourado)
Partimos para o Golden Circle para ver as atrações perto de Reykjavik antes de partir em direção a Ring Road.
Fizemos o circuito do Circulo dourado, começando pelo Parque Nacional de Þingvellir, Geysir e Gullfoss.
O Parque Nacional Thingvellir, é o lugar do antigo Parlamento da Islândia, e foi nossa primeira parada neste dia. Mas o que nos fascinou mais foi o fato de poder pisar em dois continentes no mesmo lugar. As placas tectônicas da América do Norte e da Europa se encontram no Parque Nacional Thingvellir, e é possível fazer um mergulho gelado e tocá-las. A fenda é claramente visível e você pode realmente atravessar de um continente para o outro. Já imaginou?! Legal né!
Em seguida, fomos conhecer os Geysires! O Geyser Strokkur é a atração principal, seus jatos de água vai até 8 metros de altura, a erupção acontece a cada 4 e 8 minutos.
A terceira atração no Golden Circle é a Cachoeira Gullfoss. Não tenho adjetivos que possam descrever como algo tão simples pode ao mesmo tempo ser tão belo. Definitivamente a Islândia é o paraíso das cachoeiras!
Dormimos num camping perto dos Geyseres
3 Dia – Cratera Kerid e Reykjavik
Continuamos pelo Golden Circle e visitamos a cratera vulcânica Kerid ou Lago Kerid – Um lago vibrante no meio de uma cratera vulcânica. A cratera é formada por vegetações cor néon, outra coisa interessante é a cor verde vibrante do lago e as rochas de lava vermelha flamejantes espalhadas por todo o lado. Para ter acesso a Cratera tem que pagar 4€!
Essa é uma das poucas atrações pagas, todas as outras atrações da Islândia são gratuitas, exceto os lagos e piscinas termais mais famosos.
Voltamos para Reykjavik para dar um rolê pela cidade, passamos pela Sun Voyager e pela igreja Hallgrimskirkja, jantamos um hamburger super caro (20 euros) e terminamos nosso dia numa piscina aquecida dentro da cidade ( tem varias delas espalhadas pela cidade). Depois continuamos viagem rumo a península de Snaefellsness.
Dormimos no Hotel Rangá
Leia o post completo sobre Reykjavik aqui
4 Dia – Peninsula de Snaefellsness
Os islandeses muitas vezes dizem que a península de Snaefellsnes é a única parte do país onde você pode ver todos os elementos naturais únicos no mesmo lugar. Em outras palavras, a península de Snæfellsnes hospeda tudo, desde vastos campos de lava, vulcões, geleiras, praias de areia pretas e brancas e penhascos perigosos ao longo do litoral.
O majestoso vulcão Snæfellsjökull foi o cenário para a clássica novela “Jornada para o Centro da Terra” pelo autor francês Jules Verne.
Outro lugar perfeito para fotografar é a montanha de Kirkjufell. Esta famosa montanha é o destaque na região de Snaefellsnes. Faça um piquenique e aproveite-o ao lado da cachoeira com montanha de Kirkjufell ao fundo.
Na costa sul da península de Snæfellsnes da Islândia, há uma aldeia com apenas um hotel e uma pequena igreja negra chamada Búðakirkja.
No caminho para Akureyri decidimos passar em Hvitserkur, são mais de 30 min de estrada bem ruim até a rocha, e depois do estacionamento mais uns 10 min de caminhada até a plataforma de observação. Infelizmente quando chegamos lá já estava escuro e não deu pra tirar muitas fotos. A lenda islandesa diz que a rocha era um troll que esqueceu de se retirar da luz e foi transformada em pedra no nascer do sol, embora de alguns ângulos se pareça um dragão bebendo da água.
Dormimos num acampamento perto de Akureyri
5 dia – Akureyri, Godafoss e Observação de baleias em Husavik
Acordamos cedo e seguimos em direção para Akureyri, mas antes passamos Glaumbaer.
Estas casas de relvado “Laufás” foram construídas em 1865, são alguns dos exemplos mais bem preservados de como os islandeses costumavam viver nos tempos antigos, uma visita te faz sentir como se estivesse sendo transportado de volta na história islandesa.
Seguimos então para Akureyri a maior cidade do Norte da Islândia, e nossa primeira parada foi a igreja de Akureyri. Esta igreja icónica é o símbolo de Akureyri, um belo edifício que se eleva no centro da cidade. Aproveitamos também para ir no mercado para fazer compras e reabastecer nossa campervan de comida.
O nosso 5 dia foi cheio de emoções, chegamos no lugar mais esperado da viagem, a observação de baleias em Husavik. Nosso tour estava marcado pra sair as 13:00, e passamos 3 horas de muita emoção observando as baleias.
Você pode saber mais sobre esse passeio no link abaixo:
Husavik – O melhor lugar para observação de baleias na Islândia
Seguimos estrada para a região de Myvatn e passamos pela cachoeira de Godafoss (Cachoeira dos Deuses).
A história de Goðafoss é a conversão extraordinariamente democrática da Islândia ao cristianismo no ano 1000.
Godafoss continua a ser uma das maiores e mais belas cachoeiras na Islândia, atravessando Bárðardalur e Kinn no canto do nordeste do país. A 30 metros de largura e curvando delicadamente ao longo de uma borda semicircular, cai 12 metros em uma piscina de espuma.
Dormimos num acampamento em Myvatn.
6 dia – Myvatn – Grjotagja cave, Namafjall Hverir e Krafla
Chegou a vez de explorar a região de Myvatn. Depois de ver tantas paisagens deslumbrantes pela Islândia, ficamos ainda mais impressionados quando chegamos nessa região.
Aqui estão as 3 principais coisas a fazer em Myvatn.
Namafjall Hverir área geotermal
As paisagens aqui são intrigantes e de outro mundo. A paisagem é semelhante à de Marte, nunca fui a Marte, mas realmente parece outro planeta. Namafjall é a montanha com vista para Hverir, uma área geotérmica com mudpots e fumarolas ferventes. A uma profundidade de 1000m, a temperatura em Hverir está acima de 200 graus Celsius. Essa area cheira à enxofre e o solo é coberto de depósitos minerais de várias cores.
A área geotérmica de Namafjall Hverir não é muito grande, em uma hora da para conhecer os arredores e tirar algumas fotos. Como esta é uma atração natural, não é monitorada e está aberta 24 horas por dia e não há taxa de entrada.
Grjotagja
Grjótagjá é uma pequena caverna que fica perto de Dimmuborgir. Há um pequeno estacionamento fora da caverna. Suba até a caverna para ver de perto as águas azuis turquesas e quentes da caverna, isso mesmo, a caverna costumava ser um ponto de banho popular até a década de 1970, quando ainda havia erupções vulcânicas. Com o passar do tempo a temperatura da piscina subiu para mais de 50 ° C e foram proibido os banhos nela, embora hoje em dia estar a uma temperatura adequada para se banhar, os proprietários pedem que os visitantes não se banham lá. Há um grande sinal fora da caverna para esse propósito. Mesmo Grjótagjá estando em uma propriedade privada, os proprietários permitem a visita, tanto para fins de exploração como para fotografias.
Cratera Viti
A cratera Viti é maior que a cratera de Kerid e a cor da água é azul. Aqui você também pode caminhar ao redor da circunferência da cratera e admirar o lago de muitos ângulos.
Depois de inúmeras aventuras, a nossa intenção era terminar o dia relaxando no Myvatn Nature Baths, mas quando chegamos la descobrimos que o cartão de credito do Diego não estava com a gente, apesar de ainda ter outros cartões, decidimos revirar nossa campervan a procura do bendito cartão, mas não achamos, e acabou que ficou tarde e resolvemos não entrar mais, porque faltava apenas 2 horas para fechar, e com isso não iríamos aproveitar muito o lugar. No final bloqueamos o cartão e fomos procurar um camping para dormir.
Dormimos num acampamento da região, tem vários!
7 dia – Fiords do Leste – Seydisfjordur, Cachoeira Gufufoss
Seydisfjordur foi uma das minhas cidades favoritas na Islândia.
Menos de 700 pessoas vivem em Seydisfjordur. Quanto à pronúncia, é algo como “say-this-fjur-ther”. O islandês é tão complicado às vezes. Bem, o tempo todo, né! Não tenho ideia de como pronunciar os nomes da maioria dos lugares que visitamos por lá.
Como já disse antes a Islândia não para de nos surpreender! Mesmo já ter visto tantas paisagens lindas, me surpreendi ainda mais com essa região! Seguindo nas estradas cênicas do leste da Islândia bem próximo da pequena cidade de Seydisfdur avistamos um cânion e logo estacionamos a nossa campervan ao lado da estrada. Percebemos imediatamente um grande monumento de pedra alto. Esse monumento representa a ligação entre as duas cidades, Egilsstadir e Seydisfjordur.
Chegando na cidade podemos observar as casas super coloridas todas alinhadas a base das montanhas com picos cobertos de neve. Nós estacionamos o carro perto da igrejinha azul “símbolo da cidade”.
Há também um lago no centro da cidade, onde fiquei sentada por um bom tempo admirando as paisagens em volta, os turistas desesperados pela foto perfeita e as casas coloridas refletindo no lago.
Não deixe de passear pela passarela colorida que liga a bela igreja azul ( Blaa Kirkjan ).
Você sabia que é possível chegar a Islândia de barco? No verão, uma balsa viaja regularmente do porto de Seydisfjordur para a Dinamarca e as Ilhas Faroé e vice-versa.
Saindo da cidade, damos de cara com uma cachoeira linda, Gufufoss. Há um lugar para estacionar o seu carro ao lado da estrada para que você possa chegar mais perto desta linda cachoeira.
“Se você está fazendo uma viagem ao redor da Ring Road, faça o desvio e visite Seydisfjordur! Foi uma das nossas paradas favoritas na nossa viagem pela Islândia”.
8 dia – Região sudeste – Hoffel (hot pots), Jukulsarlon (lago de gelo), praia de diamantes e Snivafellsjokull (glaciar)
Nosso oitavo dia e a parte mais esperada da viagem, conhecer o lago de icebergs! Mas antes passamos em Hoffel para dar uma relaxada em um dos Hot pots.
São cinco banheiras de hidromassagem, sendo duas mais quentes do que as outras três. Estas piscinas está em uma propriedade privada e para a manutenção e limpeza regular, você precisa fazer uma doação de 500kr (3 euros). Nota: Este é praticamente o único lugar em que você precisará de dinheiro na Islândia, não há maquina de cartão aqui e você precisa pagar pelo acesso à piscina.
Jökulsárlón é uma das maiores maravilhas naturais da Islândia.
Você já poderá vê-lo mesmo da estrada. Quando nos aproximamos de Jokulsarlon na Ring Road, ficamos imediatamente maravilhados com os massivos icebergs que flutuavam pelo lago glacial. Esses enormes blocos de gelo se separam da geleira Breiðamerkurjökull e se deslocam pela lagoa, eventualmente se juntando ao Oceano Atlântico.
À medida que o clima esquenta, o nível de água do lago Jokulsarlon aumenta devido ao derretimento das geleiras. O próprio lago se formou há apenas 60 anos e dobrou em tamanho nos últimos 15 anos, tornando-se o lago mais profundo da Islândia com uma profundidade de 250 metros.
Do outro lado da ponte está a incrível praia de diamantes.
Os blocos de gelo saem do Jokulsarlon Glacier e são levados pelo rio até o oceano onde são levados pelas ondas para a praia de areia negra dando o efeito de diamantes gigantes espalhados pela praia.
Continuamos viagem rumo a uma geleira gigantesca Snivafellsjokull (glaciar)
Svínafellsjökull é uma geleira gigantesca situada no lado sul da Islândia. Você pode vê-lo a partir da Ring Road (Route 1, que circunda a Islândia).
Para chegar à geleira, você pode estacionar no Parque Nacional de Vatnajökull e caminhar por mais uns 20 minutos ou fazer um passeio oferecido pelo Parque. Os passeios fornecem equipamentos de alpinismo para caminhar em cima das geleiras e cavernas.
Nós não tivemos tempo para fazer esse passeio, ele requer de seis a oito horas, fiquei com pena, mas pelo podemos observar de perto a grandiosidade da geleira.
Dormimos no camping próximo ao estacionamento do glaciar
9 dia – Svartifoss cachoeira, Hof, Fjaorargljufur e Eldhraum ( campo de Lavas)
Como não deu tempo de ir na cachoeira no mesmo dia em que visitamos o glaciar que fica do lado oposto, deixamos para o outro dia de manhã. Svartifoss é uma cachoeira única e popular no Parque Nacional de Vatnajökull . É cercado por colunas de lava escura, que lhe dão o nome. Para chegar até a cachoeira requer uma caminhada de 40 minutos pelas colinas.
Separe de 2-3 horas para esse passeio!
Continuamos pela estrada N1 em direção aos cânios “Fjaorargljufur”, considerado um dos mais bonitos do mundo!
Esse cânion originou-se devido ao resultado de milhares de anos de erosão, causada pelas geleiras derretidas. Hoje, o rio Fjaðrá está esculpido por 2 quilômetros de comprimento por paredes rochosas com até 100 metros de profundidade.
Nós caminhamos pelo desfiladeiro ao longo do rio até chegar numa cachoeira! As vistas lá de cima são simplesmente irresistíveis.
Dormimos na Cidade de Vik
10 dia – Vik, Reynisfjara (praia de areia preta) Dyrholaey, Solheimajokull (avião abandonado)
Vik está localizada no sul da Islândia, a cidade é pequena, e você pode subir até a igrejinha que fica no alto da colina para ter uma das vistas mais lindas da cidade.
Há uma praia de areia preta bem pertinho da cidade chamada Vikurfjara.
Do outro lado de Vikurfjara está a Reynisfjöru (Reynisfjara) Black Sand Beach . Essa praia é especialmente linda por causa das rochas de basalto com colunas de lava semelhantes às encontradas na cachoeira de Svartifoss.
Um pouco mais à frente está o enorme promontório Dyrhólaey de 120 m de altura. Dizem que durante o verão, você pode ver papoilas aqui.
No islandês, Dyrhólaey significa “ilha da porta furada”, embora não seja realmente uma ilha. O nome é dado por causa do arco de 120 m de altura que foi criado por uma erupção de vulcões há milhares de anos e pelas ondas do oceano.
Dica importante: As ondas na praia de areia de Reynisfjara podem ser extremamente poderosas e mortais – o oceano pode parecer calmo, mas quando menos se espera pode enviar uma onda na praia e sugá-lo para o mar. Não vá muito perto das ondas, e nunca vire suas costas para a água. (Teve um caso de morte de um turista no local recentemente).
O Sólheimasandur Plane Crash, o famoso avião abandonado! Para chegar ao avião tivemos que enfrentar uma caminhada de 45 minutos, carros não vão até ele! Não há nenhuma placa indicando o lugar, apenas colocamos no GPS que nos levou até um estacionamento, depois de estacionar o carro e só seguir o fluxo de turistas, vai ter muitos indo ou voltando de lá pode ter a certeza.
O local do acidente de avião é muito turístico, tornando difícil tirar uma foto do avião sozinho.
A história do avião abandonado:
Em 1973, um avião da marinha americana foi forçado a fazer um pouso de emergência na praia de areia preta de Sólheimasandur próximo à cidade de Vik; todos os membros da tripulação sobreviveram, mas a fuselagem do avião ficou lá abandonado, fazendo com que se tornasse um dos lugares mais icónicos na Islândia, e preferidos dos fotógrafos. .
Então, quem pretender visitar o DC-3 reserve pelo menos 2:30 para esse passeio.
Lembrando que não tem banheiros e nenhuma outra conveniência por perto, o avião está praticamente no meio de um deserto de areia preta.
Dormimos em frente a cachoeira de Skogafoss
11 dia – Skogafoss, Seljavallalaug ( piscina entre as montanhas), Seljalandsfoss, Gljufrafoss e Secret Lagoon.
Em Skogar você pode admirar uma das mais famosas e belas cachoeiras da Islândia, a Skogafoss. A cachoeira Skogafoss está muito próxima da Ring Road, fiquei impressionada com tanta beleza, e olha que já tinha visto dezenas de cachoeiras ao redor da Islândia, mas essa é ainda mais majestosa e radiante! Sua queda de 60 metros de altura e a área verde em sua volta é o que a diferencia das outras. Há uma escadaria à sua direita que sobe ao longo do cume, oferecendo vistas deslumbrantes sobre a cachoeira, recomendo caminhar um pouco mais adiante para admirar os canios que está acima da cachoeira.
Vimos a Aurora Boreal aqui, foi a primeira que vimos, ficamos maravilhados! Foi um dos momentos mais marcantes da viagem, a aurora boreal apareceu por volta das 21:00 e durou cerca de 30 minutos, foi uma experiência única!
Nessa região também está a impressionante geleira de Eyjafjallajökull , que se tornou notória pela erupção do vulcão sob o seu gelo e que causou a enorme nuvem de cinzas que paralisou os céus da metade da Europa. Nós só o observamos de longe.
Seljalandsfoss
A cachoeira Seljalandsfoss é considerada um dos maiores símbolos da Islândia, devido à sua beleza e pela proximidade de Reykjavik. Aqui os visitantes podem caminhar atrás da cachoeira, mas recomendo ir com sapatos anti derrapantes e casaco impermeável, se caso for caminhar por trás da cachoeira porque o chão é muito escorregadio e o vento pode jogar água por todos os lados.
Gljúfrafoss é uma cachoeira pequena e escondida entre penhascos que fica a uma curta distância ao norte da cachoeira Seljalandsfoss.
A cachoeira de Gljúfrafoss fica apenas a 1 km da cachoeira Seljalandsfoss. Para chegar lá é só seguir os penhascos. Caminhe 10 minutos ao norte de Seljalandsfoss e você terá um vislumbre da cachoeira que se esconde atrás do penhasco. Para entrar no cânion e na área da piscina, você pode entrar através de uma pequena abertura de 2 metros de largura na frente. Há uma névoa constante E densa dentro do cânion, se não quiser se encharcar é bom ter uma boa capa de chuva.Eu não entrei porque estava com minha câmera DSLR e não queria molha-la.
Mas me deu pena de não ver de perto essa jóia escondida que muitos turistas não conhecem.
Seljavallalaug é uma piscina de 25 metros de comprimento escondida num belo vale entre as montanhas. A piscina se mantém aquecida por uma fonte termal natural que flui das montanhas em sua volta. Seljavallalaug foi construída em 1923 e é uma das piscinas mais antigas da Islândia.
Seljavallalaug Pool está localizado entre a cachoeira de Seljalandsfoss e a cachoeira de Skogafoss, tornando-se uma ótima opção se você estiver explorando o sul da Islândia.
Para chegar na piscina é só colocar o mesmo nome no GPS ou Google maps, depois que chegar num lugar onde não poder seguir com o carro, continuar a pé sempre em frente seguindo as montanhas, a piscina fica num canto atrás da montanha. A caminhada leva cerca de 10-15 minutos.
Vou contar um segredo e não diga a ninguém, mas há uma lagoa secreta que não está muito longe de Reykjavík, que é um oásis geotérmico para quem procura relaxar numa água quentinha por um preço mais em conta que o Blue Lagoon. E foi aqui que escolhemos para relaxar e nos despedir desse país tão incrível que ganhou nosso coração definitivamente.
O lugar é bem desconhecido por turistas, sendo mais frequentado por locais, o lugar é tão secreto que até se chama “The Secret Lagoon”.
O Secret Lagoon está situado num campo geotérmico, não muito longe da famosa rota do Círculo dourado e apenas 1 hora de Reykjavik.
Dormimos em Reykjavik BusHostel
E qual a melhor época para ir para a Islândia? Quando posso ver a Aurora Boreal!?
No verão, as temperaturas são bastante suaves na Islândia, e o dia prolonga-se até altas horas desde finais de maio até meados de agosto. Para finais de junho, o sol põe-se à meia-noite e amanhece às 3 da manhã. Podem visualizar-se auroras boreais desde finais de agosto. No inverno, a noite é muito longa e as temperaturas são bastante baixas. O tempo é úmido durante todo o ano e, muitas vezes, pode variar, num mesmo dia. Novembro, dezembro e janeiro são os meses mais sombrios do ano. O clima no sul é mais cálido do que no norte do país, porém úmido e ventoso.
Se está indo para ver a aurora boreal o ideal é ir entre setembro a meados de maio! Mas se não é esta sua prioridade vá entre maio e agosto ( meados de setembro) onde o dia é mais longo e temperaturas menos frias. A temperatura na Islândia dificilmente passa dos 15 graus mesmo no verão! Vá sempre preparado para o frio e chuva! Nos meses de dezembro a fevereiro os dias são bem curtos ( 5-6 horas de claridade) e mesmo com temperaturas negativas, o frio é suportável, não esqueça de levar luvas, cachecóis, tocas e casaco impermeável, a única coisa que pode ser bastante desconfortável é o vento! Quando fomos em outubro choveu apenas 2 dias e em outros algumas horas apenas!
Leia também:
Reykjavik Islândia – lugares para visitar, o que fazer e onde ficar!
Dicas e curiosidades sobre a Islândia
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Mirelle, bom dia!
Amando sua viagem da Islandia e isso me inspirar a realizar meu sonho.
Tenho uma duvida em relação a gasolina, pois não achei nada falando sobre o gasto com combustível.
Pode me tirar a dúvida de quanto gastou com gasolina e se a camper é econômica?
Abraço,
Roberta
Oi Roberta, bom dia! Obrigada pela visita 🙂
Sobre o combustível para os 11 dias gastamos em torno de 180 euros, eu achei o preço da gasolina bem em conta, só achei que andamos pra caramba, outra coisa que faz gastar muito é o aquecimento que deixamos ligado durante a noite toda, todos os dias. Mas eu super recomendo a campervan , ganhamos tempo e ainda poupamos uma boa grana com hotéis. Espero que aproveite muito, a Islândia foi uma das viagens mais incríveis que já fiz.
Mirelle,
Bom dia!
Grata que fofa resposta e já vou abusar, pois queremos muito (eu e uma amiga) que essa viagem se concretize esse ano, então, tenho mais dúvidas e iremos alugar a camper como vocês fizeram.
1) Vamos seguir seu roteiro incluindo alguns passeios que não conseguiu como mergulhar entre as placas, hiker na geleira e por isso, separando os dias + atrações que visitou segundo seu relato, vimos que o 4º dia onde faz a região de Snaefellsnes, Búðakirkja, Glamber e chegar perto de Akureyri para dormir, rodou uns 600 km considerando todos os pontos.
Seria isso mesmo?
Estamos achando muito, mas também pensamos – se for só tirar foto = ok, bem, ok, ok não, masssss…. risos
2) No 7º dia, dormiram onde? Você não cita e vimos que a distância entre Egilsstadir e Hoffell Hot Tubs é longa, então até pensamos que se der, podemos rodar metade do caminho, pois ficará puxado também o dia seguinte.
3) Não achamos rota pra Seljavallalaug. O google não traça a rota. O caminho é tranquilo?
Agradeço de coração por estar nos ajudando a realizar nosso sonho de viagem.
Abraço,
Roberta
Hei Roberta, desculpa a demora para responder, sobre o 4 dia dirigimos pra caramba mesmo, praticamente o dia todo , mas paramos muito também, impossível não parar pelo caminho para tirar foto, mas olha não se preocupe com isso não, você vai encontrar muitos lugares para encostar a campervan para descansar e dormir, eu lembro que nesse dia não dormimos em acampamento, apenas encostamos a camper e dormimos por lá mesmo antes de chegar em Akureyri.
Sóbre o 7 dia, estou tentando lembrar aqui , mas acho que foi no caminho mesmo entre Seydisfjordur e Hoffel, não se preocupe onde vai dormir, você vai ver muitas placas de campings , ou se não é só encostar num lugar seguro e dormir por lá mesmo, só será ruim por causa de banheiro, rsrs.
Sóbre seljavallalaug pool, o carro só vai até um lugar ( estacionamento) não é bem um estacionamento de carro, mas é onde o pessoal deixa os carros, chegando lá tem que andar uns 10 minutos, não tem erro, com certeza vocês vão ver pessoas indo e vindo, mas se caso não ver ninguém, é só caminhar a margem das montanhas sempre direto,depois de uns 10 minutos andando logo vai ver a casinha.
Mirelle,
Boa tarde!
Agora temos uma duvida bem séria em relação ao aluguel da Camper.
Quando vocês alugaram? Pois estamos vendo quando alugar e nos surgiu essa dúvida, pois será que se deixarmos pra alugar em maio ainda terá disponibilidade?
Decidimos que vamos por Londres, então, agora é mais tirar essa dúvida sobre a camper e já fecharmos.
Abraço,
Roberta
Nós alugamos uns 3 meses antes, é bom reservar com antecedência para ficarem despreocupadas. Mas vai dar tudo certo, se caso alugar com a mesma empresa que eu aluguei, manda email pra eles, qualquer coisa manda até um print e diz que viu no meu blog e pede desconto.
Mirelle,
Obrigada pelas respostas fofas e você é super prestativa.
Claro que vai surgir mais algumas dúvida, mas estamos pensando no frio, em como se proteger.
Como iremos na mesma época que foram, qual tipo de casaco que levou?
Teremos que investir em algo e seria bom já investir nos tipos que foram testados… hihihihi
Abraço,
Roberta
Outubro vai estar frio! Eu usei 3 camadas, uma blusa de algodão de manga comprida, uma de lá e um casaco impermeável por causa da chuva e vento. Usei bota e tennis a prova d’água, calça sempre 2 , uma meia calça grossa e a jeans. Levei toucas e cachecóis. As roupas grossas levei poucas ( 2 casacos foi o suficiente para os 10 dias, as roupas finas levei uma pra cada dia e calça também repeti por uns 3 dias. No frio a gente acaba vestindo sempre a mesma roupa, então não acho que vale a pena levar muita coisa, eu mesmo só levei uma mala de 20 kg , pq as roupas de inverno pesam mais.
Olá tudo bem! Adoro seu Blog e seus relatos. Você tem dicas de guias na Islândia que faz passeios em português ou espanhol? Abraços!!
Olá, obrigada pela visita! Eu não fiz com guia quando fui, fizemos tudo sozinhos. Não conheço guias lá, desculpa!